segunda-feira, 28 de fevereiro de 2011

2º Alto Skate Paraíso

Eles estão de volta...

Quartas na Manga

PROJETONAVE & FLORA MATOS - LUZ



 

Ficha Técnica:
Produzido por Projetonave e Buguinha Dub
Gravado no YB por Buguinha Dub e Régis Baba (assistente), vozes adicionais no Space Blues por Bruno Fiacadori
Mixado no Mundo Novo por Buguinha Dub
Masterizado no YB por Gustavo Lenza
Foto: Ênio César
2011

Lindomar 3L lança mixtape “Em Busca de Um Sonho”




“Ei tio ! Eu vim em busca de um sonho (…)”, é com esta frase e com muita determinação, atrelada à força de vontade e uma pitada de sorte do “destino”, que o rapper mineiro, Lindomar 3L divulga o mais recente trabalho.
Uma mixtape com 14 faixas, gravada em apenas 12 dias no triângulo mineiro, durante o ano de 2010 chega às ruas neste início de 2011 e promete alimentar esperanças em quem ouvi-la.
Produzida pelo beatmaker Jonas, na cidade de Uberaba, a obra coletiva traz participações de vários rappers, alguns já antigos na estrada e outros estreantes, que foram formados pelo próprio Lindomar, enquanto dava oficinas no projeto Fica Vivo, em Minas Gerais.
Com influências da Black music, do swing do soul, funk e jazz, o novo trabalho versa sobre os sonhos de cada mc, que juntos, integram mais um trabalho coletivo dentro do hip-hop.
Questionado sobre como surgiu a ideia de criar a mixtape, Lindomar 3L conta que foi por acaso. “Eu estava no estúdio do Jonas, que é meu amigo e também produtor, no início de outubro e conheci por lá o Pixaim, que viveu os últimos 13 anos em Boston, nos Estados Unidos e agora está de volta. O pai dele vive em Araxá e ele estava passando uns dias no Brasil, aproveitou para visitar o Jonas e adquirir algumas bases. Conversamos e resolvemos fazer uma música juntos, após uma admiração mútua do trabalho”, lembra.
Entre conversas e surpresas positivas dos trabalhos apresentados, os rappers deixaram a rima fluir e gravaram a canção “Em Busca de Um Sonho”. Daí para a mixtape foi apenas um passo. O convite aos amigos se deu de forma natural e o resultado pode ser conferido no produto que acaba de ser lançado.
Desta forma, em menos de duas semanas, Jonas produziu as bases e o trabalho foi gravado. Apenas Lindomar 3L participa de todas as faixas, que tem também a participação de rappers como Marboy, TOI, Guillard, Muguinha e Dunga, além de Dj Fioti e Sozin, que também produziu três faixas.
“Fizemos um trabalho para transmitir esperança, auto-estima, paz, alegria e sentimentos bons, sempre seguindo o tema da mixtape: Em Busca de Um Sonho”, frisa Lindomar.
Serviço – Para comprar o CD escreva para jonaspheer@gmail.com ou entre em contato pelo + 55 (34) 8807-3773


sexta-feira, 18 de fevereiro de 2011

T U B A Í N A - A Zona Leste chegou

NOISQTA X4

No Foco e na Disciplina de Slim Rimografia


Slim Rimografia & Thiago Beats – Canto da vitoria part. Emicida

Para fazer download da música, clique aqui

Por Evandro Fioti e Velot Wamba

Slim Rimografia, um dos mais distintos MCs do Brasil, após quase 5 anos, volta com novo álbum, prometendo inovações e repleto de convidados

No meio do rap sisudo característico da Zona Sul paulistana, Slim Rimografia sempre soube se colocar como uma voz distinta e marcante do cenário local e com projeção nacional. Sabendo produzir como poucos e versos sagazes e eloquentes, o MC volta agora lançando mais uma faixa de seu álbum que deve sair em março deste ano.

Falando um pouco de sua trajetória, de seu recente trabalho e de como é ser um artista estabelecido tendo que lidar com a expectativa do público, Slim Rimografia conversou com o site NOIZ.


Queria que você contasse rapidamente quais os caminhos que te levaram até o rap.

Acho que o skate foi um dos grandes culpados (risos). Eu ouvia muito rap nos vídeos de skate e via muitas tags [assinatura que cada pixador escolhe pra si mesmo] nos picos por onde andava, nasceu um interesse pelo graffite, mesmo nos graff eu sempre colocava versos e tals, poemas que eu escrevia… Isso em 1996, e, em alguns anos, comecei a me interessar a fazer rimas tipo rap.

Cara, muito antes da indústria fonográfica tomar o tombo que tomou, você já experimentou formas alternativas de vender seu disco, indo pra rua distribui-lo direto ao consumidor direto etc. Hoje, na música independente, parece que essa prática se tornou dominante. Depois, você ficou preso a um selo e acabou não lançando nada, exato? Queria que você relembrasse essa correria toda durante os anos, o que tirou de negativo e positivo e como vai divulgar seu trabalho novo.

Quando lancei/gravei meu álbum em 2003, gastei toda grana no estúdio – ficando com o disco na mão, mas sem dinheiro pra mandar prensar. Pensei, “vou fazer umas cópias e vender”. Aí fiz xerox da capa, comprei umas capas de acrílico e cortava o encarte, montava os CDs e ia pra rua vender. Todo mundo achava loucura e engraçado no começo. Acho que fui o primeiro a fazer isso, na época vendi umas 3.000 cópias assim de mão em mão. Depois do segundo álbum, em 2006, recebi propostas e acabei assinando um contrato que não me ajudou em nada: não lancei nada e um monte de coisas embolorou aqui no HD [do computador]. Agora em 2010, saí dessa gravadora e fiz um disco em parceria com o Thiago Beats que vamos lançar em março de 2011. Acho que a experiência foi bem válida– é o positivo dessa parada. Mas vou voltar a vender meu disco no busão!

Você nunca chegou nos grandes meios de comunicação, mas consigo medir o peso de teu trabalho pela influência dele, seja em MCs no interior do país, na própria temática de muitos e, mais especificamente, no trabalho do MC F.I.N.O, da Zona Sul, que lançou um ótimo trabalho que dialoga com o teu. Tendo tudo isso em vista, o que vai apresentar de novidade daqui pra frente e como enxerga o atual estágio do rap paulistano?

Essa é uma parada cabulosa. Outro dia tava elogiando um poeta na Cooperifa que sou mó fã dos poemas deleetc, aí o cara falou que começou a escrever as paradas na linha que escreve depois que ouviu meus sons em 2003 – fiquei mó feliz, nunca sabemos onde a parada vai chegar. Agora tenho noção de que muitas pessoas acreditam no meu trabalho, mesmo depois de tanto tempo sem gravar uma parada nova, continuamos tocando e influenciando outros artistas. O F.I.N.O é um cara que gosto muito e respeito o trampo dele, e fico feliz se influenciei ele de alguma forma.

Cara, meu trabalho novo é bem diferente das coisas que já fiz, minha cabeça muda muito rápido, minha forma de criar etc, mas acho que esse novo álbum traz um ar de novidade em termos de rap, é outra parada em termo de rimas e produção.


O Thiago Beats é parceiro apenas nestes dois sons que você já divulgou ou é agora seu parceiro definitivo?

Pois é, o Thiago trampa comigo faz uma cota já, desde 2006, só que nunca fizemos um disco juntos. Ano passado resolvemos gravar e produzir um disco somando as ideias e experiências, convidamos o Filiph Neo que é o arranjador do álbum e concluímos o álbum em agosto.

Daqui pra frente temos um disco e um projeto juntos: Slim Rimografia & Thiago Beats.

Você usa muito o twitter e tem sempre mandado mensagens que dão ênfase nas palavras “foco & disciplina”. O que aconteceu que isso virou uma espécie de mantra pra você?

Eu sou meio desorganizado e o foco e disciplina apareceu num momento muito difícil da minha vida: separação, doenças na família, quebra de contratos, etc. Acabei adotando isso pra que eu possa manter meus pés naquilo que acredito fazendo o que amo e cuidando das pessoas que me amam. Acho que a combinação do que você deseja com a disciplina de manter os pés buscando com toda sua alma, faz de qualquer pessoa um vitorioso.

Passados anos de um de seus maiores hits, quero saber: tem muito nego que ainda pensa que vive na “gozolândia” (risos)?

Pois é, muita gente… Mas eu acredito que cada um tem que viver o que acredita. Sou a favor da musica rap independente do que ela relata nas letras, do estilo, dos rótulos etc. Cada um vive seu mundo e tem suas experiências e o respeito é algo que precisamos manter pro crescimento geral da nossa cultura. Mas se não cuidar, logo menos Luan Santana tá fazendo rap (risos).


Seu próximo disco está sendo bem aguardado pelo público,tem uma expectativa em cima do seu nome etc. O que os fãs devem esperar desse novo trabalho? E qual a previsão de lançamento do disco?

Acho que “menos do mesmo” é o que podem esperar… Quero que as pessoas decifrem as músicas, as rimas, os beats não virão nada mastigado. É um disco pra ouvir de coração aberto.

O disco chega depois do carnaval acho que segunda quinzena de março.

Quais são as partipações do seu novo disco além do Emicida e Kamau? E qual foi o seu critério para escolher esses MCs para somarem nesse álbum com você?

Convidamos as pessoas que acreditamos já fazerem parte daquele som, não sei como explicar, mas você produz o som e pensa: “putz, fulano ia mandar bem nesse beat”. Os convidados são: RAPadura, Arcanjo Ras, poeta Sérgio Vaz, Karla e Karina Izalino, Sorry Drummer, Rafael Fasion, Filiph Neo e Dj RM.

Como surgiu essa nova versão da música “Canto Da Vitória”? E como surgiu a ideia do Emicida participar nesta faixa?

Em 2009, trocamos essa ideia no lançamento do meu clipe no Espaço +Soma. A parada ficou no ar e resolvi gravar o som novamente pra entrar no disco. Aí quando perguntei pro Emicida se a ideia tava de pé ainda ele falou “claro meu querido, bora trabaiá”. E “trabaiamos”, acho que completou o som, sempre achei que essa música tinha muito a ver com ele, a prova taí. Maloqueiro filha da p… (risos)


Valeu, Slim. Sucesso na caminhada e deixa aqui suas recomendações, contatos. Se quiser falar algo que não foi perguntado, esse é o espaço

Guardem um espaço no coração de vocês porque em março o disco tá chegando. Foco e disciplina. Obrigado a todos que trabalharam nesse álbum e na realização desse sonho. Tamo junto!!

http://www.srtb3.com

FONTE: noiz.com.br

Um brinde